24 novembro 2012

MEDITAÇÃO

Em minha insegurança, meu choro fez-se riso de criança. Balanço-me. Na minha incerteza, meus olhos antes chorosos brilharam. Deito-me. Nas minhas angústias, meu corpo extremesse. Acalmo-me. Em minha prece, rogo pelo perdão. conservo-me santo. E santo que não sou, sinto-me aflito. soluços. E como diz o poeta "minh'alma de sonhar-te anda perdida". Balanço-me. Deito-me Acalmo-me. Soluços. Morro. Fabio Calisto em 15/10/12

29 junho 2012

DISCURSO DE UM POETA

Compus este poema a cerca de quatro ou cinco anos atrás, estava meio depre com a situação de muito amigos poetas que estão na estrada e de certa forma tentando ganhar a vida com seus escritos, mas o "mercado" sei lá de que não lhes abre ás portas.Daí surgiu numa mesa de bar o discurso de um poeta como uma quebra de paradigmas com uma cultura modelar que nos é imposta diariamente por diversos camonhos e meios. Espero que gostem.
DISCURSO DE UM POETA. Autor: Fabio Calisto Porque olhas para a poesia assim? Porque ouve meu poema assim? Será que sou culpada pela tua falta de ideias? O mesmo olhar pelo qual me apedrejas Éo mesmo que te fere ... Epouco me importa, poruqe da mesma forma Te apunhalas pelas costas. oh atroz, mas sagrado deus meu, Porque nao su de carne e osso. etou apenas na cabeça dos bobos e generosos? Tu me espantas!! co a tua astucia criaste-me poema negro fizeste-me poesia negra e dentro das minhas entranhas fazes brotar arcos e iris, e louvo deuses, louvo vidas Viva, viva a terra! Mãe de todas as flores e de todos os frutos Terra, terra, terra mil vezes terra! inexoravel peculiar, arguta e sagaz que emana de si o sobre natural, em uma ordem sem volteios pari, germina sangra. viva Gaya fecunda e infinita. Viva a Cultura diriam os sabios morra a Cultura diriam os ignóbeis não sabemestes que sou fonte viscejante que independo De vida ou morte para ser ou estar. Viva, Viva, mil vezes Viva o poeta. E viva o hipócrita tambem para ve a nossa jactância E quanto mais penso: "em amar o proximo como assim mesmo" (Assim diz à Biblia) mais ele me decepciona. E não amarguro-me Não entristeço-me Porque no fim Sempre prevalesçco E sou Aclamada...

18 fevereiro 2010

poemas de famosos


Motivo (Cecília Meireles)
Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem triste:sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e diasno vento.
Se desmorono ou edifico,se permaneço ou me desfaço,
- não sei, não sei.
Não sei se ficoou passo.
Sei que canto.
E a canção é tudo.
Tem sangue eterno e asa ritmada.
E sei que um dia estarei mudo:
- mais nada

Muita paz pra ti, amigo!!

13 fevereiro 2010

NOVOS POEMAS DE 2010.

DOCE MEL

Queria se pudesse ser uma formiguinha,
E receber o doce mel que sai da tua boca.
Provocando confusão,
Provocando sensações

Entre o subterrâneo chega como melancolia,
Um solo instrumental
Que desperta desejos
Desejos de viver

Amar, lutar.


A ROSA

A rosa é molhada,
Molhada orvalha
E exala o perfume.

É sutil a rosa,
O cheiro penetra
O corpo entontece.

A beleza espanta,
O formato espanta,
Cada pétala uma surpresa

Cada curva uma destreza,
Em sua cor certezas
E na certeza a criação

Na criação amor,
Como a rosa é bela,
A rosa é você.

MONTINHOS DA PERDIÇÃO

Dois montinhos apontavam.
Pareciam querer tocar o céu,
Vontaade de escalar
Ir ao topo cair de boca

Aventurava-me até o ápice
Estando lá não pisar
Desbravar, encontrar
O triangulo das bermudas
Com suas medidas tridimensionais
Com todos os milímetros entre
Suas extremidades

A agir, agir, suar e suar...

Ah! Vontade!
JUVENTUDE

Juventude, ah juventude!

Bela e finita
Confusão temporal,
Vejo-te ao longe
E lá se vão os anos.

Namoro-te ante imagens
Viscerais, beleza efêmera
Das minhas vontades,
Magnífica extenuante

Juventude, ES tão formosa,
Tão imaculada tão musicada
Poetizada, e tuas desmesuras
Poe-me a pensar.

Ao som as cores
Odores, amores.
Juventude, estas a esconder-se?
A afastar-se de mim?

Juventude é alma pueril
Encantos juvenis
São anseios, devaneios
É meio de vida.

É juventude perdida.
É infinitamente,
Juventude.

FILTRO SOLAR

Na timidez dos meus versos
Acompanho passo a passo
O movimento e a mudança das coisas.

As crianças brincam
E percebo uma leve,
Uma sutil diferença entre os homens.

E percebo mundos
Adentro em sonhos
Envolto em pensamentos

(que antes eram os meus)

O vento me refresca
Do intenso calor dos raios do sol
Esta é a sutil diferença;

[Não uso filtro solar]



AMOR ACONTECENDO

Quero viver tua vida
Ser tua mordida
Viver aventuras a tua procura
Quero o brilho dos teus olhos
Vou me agarrar a teus cabelos

São flores, são frutos,
São sonhos passados
Vivencias sofridas,
Juras e promessas

O que proferi na escuridão
Esta clareando
E o brilho dos teus olhos quero
E viver intensamente.

O suor do teu corpo espero
A cabeça gira meu corpo treme
E o amor que antes não existia
Pode ser o amor acontecendo.

AO SER QUE ESPERO

Eu preparo um mundo
Um mundo pra te dá.
Um mundo que não será meu
Mas teu.

Ira te pertencer
Mesmo eu não sabendo
Como tu serás
Este mundo será teu por cuidado

Será dado passo a passo

Construir um mundo leva tempo
Uma fina pericia de saberes
Que emana dia após dia

O mundo que construo será teu
Se por herança não sei
Mas por devoção a o ser.

22 julho 2009


A pétala o poeta.

Era uma segunda-feira, tarde de frio e vento intenso. E andava pelas ruas sem rumo nem prumo desatinado e sem destino.

A pétala caiu da flor.O poeta pegou a pétala, colocou-a entre os dedos; acariciou, beijou e sentiu o seu perfume. E a parte inteira do todo que fugia pela tarde frienta segurava em suas mãos.

Pos-se a escrever em metade homenagens a beleza de toda a rosa, e com a pétala sob folhas em branco, imaginava detalhes do corpo vívido da flor serena que longe estava da pétala e a mesma longe dos orvalhos das manhas enchuvaradas.

E não se misturava era uma pétala solitária pois, assim, queria o frio tempo, destino da tarde segundeira. E vozes ecoaram. A pétala era poesia, tranformu-se em versos, virou melodia. Dia após dia exibia beleza sem fim. Era mãe, namorada trovadora. Era tudo ao escorregar devagarzinho. Hora lembrava o mar de amar com sua forma perolinea de uma concha formosa. Sua vermelhidão era grandeza em sua pele aveludada. E as marcas que trazia era a mais pura beleza.

Era uma pétala era simplesmente à parte da beleza mais que bela nas mãos do poeta.

ca-entre

ca-entre

Nova Redenção-Bahia 16 de Janeiro de 2009.

Minha Oração:

Deus que um feche de tua magnífica luz ilumine-me na busca do teu caminho em favor da paz.
Que o amor perdure sempre como uma musica incessante em cada coração do ser amado.
Que as buscas não tornem-se em guerras, guerras que enclausuram.
Que os homens vivam em plena consciência de que não estão a sós no Universo. E que a cobiça tenha fim.
Que os meios não justifiquem jamais os fins
E que sempre haja foto do pensamento para que não percamos o tino da ternura do viver.

Fabio Calisto